Após uma campanha marcada por desafios e pela tentativa de se desvincular da impopularidade de Joe Biden, a vice-presidente Kamala Harris não conseguiu conquistar o apoio necessário para derrotar Donald Trump nas eleições de 2024. Em um cenário de crescente preocupação econômica e ceticismo em relação ao futuro do país, Harris enfrentou dificuldades para convencer o eleitorado de que poderia oferecer a mudança desejada, mantendo sua proximidade com as políticas de Biden.
Ao longo da campanha, Harris tentou equilibrar seu histórico ao lado do presidente e a necessidade de se mostrar uma alternativa viável. Contudo, sua mensagem não conseguiu dissipar o descontentamento de uma significativa parcela da população que desejava uma ruptura clara com o governo atual. Questões econômicas, como o aumento do custo de vida e a insegurança financeira, pesaram contra a candidata, que também viu queda no apoio entre eleitores latinos, negros e jovens, grupos essenciais à base democrata.
A decisão de enfatizar os riscos de um novo mandato de Trump no final da campanha, chamando-o de “fascista” e questionando sua estabilidade, acabou não surtindo o efeito esperado. Segundo analistas, essa abordagem desviou o foco dos planos de Harris para seu próprio governo, o que, combinado com a frustração dos eleitores, contribuiu para uma derrota considerada significativa para o partido democrata.
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