Dólar perde força após aumento de tarifas comerciais nos EUA

As recentes medidas tarifárias impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, provocaram uma desvalorização significativa do dólar frente a outras moedas importantes no cenário global. Desde o anúncio das novas tarifas de importação aplicadas a mais de 180 países e territórios, a moeda norte-americana caiu 5,55% em relação ao euro e 5,97% frente ao iene japonês.

Especialistas afirmam que a estratégia da Casa Branca tem como objetivo estimular as exportações norte-americanas ao tornar os produtos locais mais competitivos, por meio de um dólar mais fraco. Apesar disso, a posição do dólar como principal moeda nas transações internacionais segue mantida no curto prazo.

A queda nos índices das bolsas de valores internacionais também contribuiu para o enfraquecimento do dólar. Contrariando expectativas, investidores buscaram alternativas na liquidez de moedas como o euro e o iene, refletindo a crescente incerteza em relação à política econômica dos EUA.

Outro fator que elevou a instabilidade foi o rumor sobre a possível demissão do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. A relação tensa entre o banco central americano e o governo federal se agravou após críticas de Trump ao impacto das tarifas na inflação e nos juros.

Moedas de países como o Brasil e a China, no entanto, apresentaram desvalorização no mesmo período. Analistas indicam que a China mantém uma postura voltada à ocupação de mercados globais, sem intenção imediata de disputar a liderança monetária com os Estados Unidos.

A substituição do dólar por outra moeda em transações internacionais ainda é considerada improvável por analistas econômicos. A estabilidade política e econômica dos EUA, aliada à sua relevância global, continua sustentando o papel central da moeda norte-americana na economia mundial.