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Crise global: estagnação econômica alimenta instabilidade política no mundo

A instabilidade política observada em diversas partes do mundo tem como pano de fundo uma desaceleração econômica prolongada. De acordo com análises econômicas recentes, o baixo crescimento, a produtividade em queda e o envelhecimento da força de trabalho são fatores estruturais que afetam tanto democracias quanto regimes autoritários.



Desde 2008, as maiores economias do mundo enfrentam taxas de crescimento historicamente baixas. Entre os países do G20, oito cresceram menos de 10% desde 2007, descontada a inflação. Outras quatro economias mal superaram esse índice. Apenas algumas nações, como Índia, Indonésia e Turquia, mantiveram desempenhos mais robustos.


O crescimento econômico global, que antes girava em torno de 2% a 3% ao ano, hoje está frequentemente abaixo de 1%. Isso estende o tempo necessário para que a renda média de uma população dobre — de 25 para até 100 anos — o que impacta diretamente a percepção de progresso e alimenta o descontentamento social.


Um dos fatores apontados para essa desaceleração é a transição global da indústria para o setor de serviços. A desindustrialização, fenômeno observado não apenas em países desenvolvidos, mas também em economias emergentes, reduz as possibilidades de ganhos expressivos de produtividade.


Nos serviços, ao contrário da indústria, o aumento da demanda requer a contratação proporcional de mão de obra, o que limita os ganhos de eficiência. Atualmente, cerca de 50% da força de trabalho mundial atua no setor de serviços.


Outro ponto que contribui para o cenário é o declínio nas taxas de natalidade. Menos nascimentos resultam em forças de trabalho menores, o que reduz a demanda futura e o incentivo ao investimento. Ao mesmo tempo, aumenta o peso das aposentadorias e da saúde pública nos orçamentos nacionais.

Com menos perspectivas de crescimento, muitas empresas têm priorizado a distribuição de lucros aos acionistas por meio de dividendos e recompra de ações, em vez de investir em expansão e inovação. Isso contribui para a elevação da desigualdade e reduz o potencial de recuperação econômica.


Frente a esse quadro, especialistas apontam duas possíveis respostas: o aumento dos gastos públicos, inclusive com déficits fiscais, e a redistribuição de renda. Os Estados Unidos, por exemplo, vêm operando com déficits acima de 6% do PIB desde 2009, o que tem sustentado níveis de crescimento mais elevados do que os observados na Europa.


A estagnação econômica, segundo especialistas, está diretamente relacionada ao aumento do sentimento antiestablishment, à rejeição de lideranças tradicionais e à instabilidade nas relações internacionais. O cenário atual levanta questionamentos sobre a capacidade dos governos de reverter esse quadro e restaurar a confiança da população em meio a mudanças estruturais profundas na economia global.

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